05/09/2019 | Municipio de Putinga
Na terça-feira 03 de setembro, foi realizado no CRAS, um encontro coordenado pelo Psicólogo Sandro Pavan, que teve o objetivo principal alertar sobre os riscos do Suicídio, o qual é um fenômeno complexo que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Mas o suicídio pode ser prevenido. Saber reconhecer os sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo a você pode ser o primeiro e mais importante passo.
Por isso a Secretaria de Saúde de Putinga, Educação e Assistência Social, promoveram um encontro para falar as verdades e mitos sobre um assunto polêmico e silencioso.
PREVENÇÃO AO SUICÍDIO
1) pessoas sob risco de suicídio:
*Comportamento retraído, dificuldade para se relacionar com a família e amigos;
* CASOS DE DOENÇA PSIQUIÁTRICA;
* Alcoolismo;
* ANSIEDADE OU PÂNICO;
* Mudança na personalidade, irritabilidade, pessimismo, depressão ou apatia;
* Mudança no hábito alimentar e de sono;
* Tentativa de suicídio anterior;
* Odiar-se, sentimento de culpa, de se sentir sem valor ou com vergonha por algo;
* Perda recente importante-morte, divórcio, separação;
* História familiar de suicídio;
* Desejo súbito de concluir os afazeres pessoais, organizar documentos, escrever um testamento, etc.;
* Sentimentos de solidão, impotência, desesperança;
* Cartas de despedida; doença física crônica, limitante ou dolorosa;
* Falar repentinamente em morte ou suicídio.
2) Alguns fatores de risco para o suicídio:
Transtornos mentais: Transtornos de humor (ex: depressão); Transtornos mentais de comportamento pelo uso de substancia psicoativas (ex: alcoolismo); Transtorno de personalidade; Esquizofrenia; Transtornos de ansiedade.
Psicológicos: Perdas recentes; perdas dos pais na infância; Convívio familiar conturbado; Datas importantes; Reação de aniversário; impulsividade, agressividade, humor instável.
Sócio demográficos: Sexo masculino; Pessoas entre 15-35 anos e acima de 65 anos.
Pobreza ou riqueza extremas; Pessoas que moram nas áreas urbanas; desemprego recente; aposentados; Pessoas em isolamento social; Solteiros ou separados;
Condições clínicas: Doenças orgânicas incapacitantes; Dor crônica; Lesões desfigurantes; Epilepsia; Câncer; HIV/AIDS.
Os principais fatores de risco para o suicídio são: História de tentativa de suicídio e Transtorno Mental.
3) Aspectos psicológicos no suicídio:
Três características da maioria das pessoas sob risco de suicídio:
1. Ambivalência: quase sempre querem ao mesmo tempo alcançar a morte, mas também viver;
2. Impulsividade: o suicídio pode ser um ato impulsivo desencadeado por eventos negativos do dia a dia;
3. Rigidez: pensar de forma rígida e drástica (“tudo ou nada”); suicídio visto como única solução.
4) Frases de alerta:
“Eu prefiro estar morto”.
“Eu não posso fazer nada”.
“Eu não aguento mais”.
“Eu sou um perdedor e um peso pros outros.”
“Os outros vão ser mais felizes sem mim.”
5) Sentimentos a serem observados:
“4D”: DEPRESSÃO, DESESPERANÇA, DESAMPARO, DESERSPERO.
6) Idéias sobre suicídio que levam ao erro:
“Se eu perguntar sobre suicídio, poderei induzir o paciente a isso.”
“Ele está ameaçando suicídio apenas para manipular.”
“Quem quer se matar, se mata mesmo.”
“Quem quer se matar não avisa.”
“O suicídio é um ato de covardia (ou de coragem)”.
“No lugar dele, eu também me mataria”.
7) Como ajudar a pessoa sob risco de suicídio?
• Uma abordagem calma, aberta, da aceitação e de não-julgamento é fundamental para facilitar a comunicação.
• Ouça com cordialidade.
• Tenha empatia com as emoções da pessoa.
8) Como se comunicar:
• Ouvir atentamente com calma;
• Entender os sentimentos da pessoa(empatia);
• Aceitar a queixa da pessoa e ter respeito por seu sofrimento;
• Expressar respeito pelas opiniões e pelos valores da pessoa;
• Mostrar preocupação, cuidado e afeto.